Cranioestenose: Diagnóstico Precoce e Tratamento em Neurocirurgia Pediátrica
A cranioestenose é uma condição que afeta aproximadamente 1 em cada 2.500 bebês, caracterizada pelo fechamento precoce de uma ou mais suturas do crânio. Esta malformação pode impactar o desenvolvimento cerebral se não for diagnosticada e tratada adequadamente nos primeiros meses de vida.
O diagnóstico precoce é fundamental para garantir o desenvolvimento neurológico normal e prevenir complicações como aumento da pressão intracraniana e atrasos cognitivos.
O que é Cranioestenose?
A cranioestenose ocorre quando as suturas (as “juntas” dos ossos do crânio) do bebê se fecham prematuramente. Normalmente, essas suturas permanecem abertas para permitir que o crânio se expanda conforme o cérebro cresce. Quando uma sutura se fecha antes da hora, o crânio cresce de forma anormal, levando a um formato de cabeça atípico.
“Os pais devem estar atentos a qualquer alteração no formato da cabeça do bebê. O diagnóstico nos primeiros meses de vida é crucial para o sucesso do tratamento”, explica o Dr. Auricelio Batista, neurocirurgião pediátrico.

Tipos Mais Comuns de Cranioestenose
Sinais de Alerta e Diagnóstico
Principais Sinais:
- ✓ Formato anormal ou assimétrico da cabeça
- ✓ Ausência ou fechamento precoce da fontanela (“moleira”)
- ✓ Crista óssea palpável sobre a sutura
- ✓ Irritabilidade, vômitos ou atrasos no desenvolvimento
Como é Feito o Diagnóstico?
O diagnóstico combina a avaliação clínica de um neurocirurgião pediátrico com exames de imagem:
- Exame Clínico: Avaliação do formato do crânio e palpação das suturas.
- Tomografia Computadorizada (TC) 3D: É o padrão-ouro para confirmar o fechamento das suturas e planejar a cirurgia.
“O tratamento é essencialmente cirúrgico e deve ser realizado preferencialmente nos primeiros meses de vida, quando os ossos são mais maleáveis e o potencial de remodelação do crânio é maior”, destaca o Dr. Auricelio Batista. Indicada para bebês com menos de 6 meses. Utiliza pequenas incisões, tem menor tempo cirúrgico e recuperação mais rápida. Requer o uso de um capacete (órtese) no pós-operatório para moldar o crescimento do crânio. Indicada para casos mais complexos ou em bebês mais velhos. Envolve a reconstrução completa da calota craniana para corrigir a deformidade, com excelentes resultados estéticos em casos severos.Tratamento Cirúrgico da Cranioestenose
Cirurgia Endoscópica Minimamente Invasiva
Remodelação Craniana Aberta
Cuidados Pós-Operatórios e Prognóstico
Após a cirurgia, o bebê é monitorado na UTI pediátrica e depois segue com consultas regulares com o neurocirurgião pediátrico para avaliar o desenvolvimento neurológico e o crescimento do crânio.
Para crianças submetidas à cirurgia endoscópica, o uso do capacete é fundamental. Ele é usado por 6 a 12 meses, 23 horas por dia, e é ajustado regularmente para guiar o crescimento do crânio de forma simétrica.
“Com o tratamento adequado e no tempo certo, a grande maioria das crianças com cranioestenose tem um desenvolvimento neurológico e cognitivo completamente normal, além de um excelente resultado estético”, afirma o Dr. Auricelio Batista.

Sobre o Autor
Dr. Auricelio Batista
CRM-PE: 21297 | RQE: 11341 – Neurocirurgia
O Dr. Auricelio Batista é neurocirurgião com especialização em Neurocirurgia Pediátrica e Cirurgia da Coluna. Com residência pelo Hospital da Restauração e especialização em Dor pela USP (FMUSP), é membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN).
Integra a equipe de Neurocirurgia Pediátrica do IMIP e possui mais de 10 anos de foco no tratamento de malformações cranianas, como a cranioestenose, tumores cerebrais e hidrocefalias em crianças.
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Se você suspeita que seu filho possa ter cranioestenose, não hesite em buscar uma avaliação. O diagnóstico precoce é fundamental para o futuro da criança.
RT: Dr. Auricelio Batista | Neurocirurgião | CRM-PE: 21297 | RQE: 11341