Tipos de tumores cerebrais
Os tumores cerebrais (intracranianos) são provenientes da multiplicação descontrolada de células anormais (neoplásicas), levando a formação de tecidos / massas tumorais. Mais de 150 tumores cerebrais diferentes foram documentados, mas os dois grupos principais são os tumores primários e metastáticos.
Enquanto os tumores cerebrais primários surgem a partir das próprias estruturas cerebrais, os tumores metastáticos são malignos e surgem em outras partes do corpo (como mama ou pulmões) e migram para o cérebro, geralmente através da corrente sanguínea.
Os tumores metastáticos no cérebro afetam quase um em cada quatro pacientes com câncer. Até 40% das pessoas com câncer de pulmão desenvolverão tumores cerebrais metastáticos. Apesar disso, exames diagnósticos mais sofisticados, além de abordagens cirúrgicas mais modernas, radioterapia e quimioterapia mais avançadas, ajudaram a aumentar a sobrevida e melhorar significativamente a qualidade de vida desses pacientes.
Dentre os principais tumores cerebrais, podemos citar:
- Meningiomas são os tumores intracranianos benignos mais comuns, compreendendo de 10 a 15 por cento de todas as neoplasias cerebrais, embora uma porcentagem muito pequena seja maligna. Esses tumores se originam das meninges, as estruturas semelhantes a membranas que circundam o cérebro e a medula espinhal;
- Adenomas hipofisários são os tumores intracranianos mais comuns após os gliomas, meningiomas e schwannomas. A grande maioria dos adenomas hipofisários é benigno e de crescimento bastante lento;
- Schwannomas são tumores cerebrais benignos comuns em adultos. Eles frequentemente deslocam o restante do nervo normal em vez de invadi-lo. Os neurinomas do acústicos são o schwanoma mais comum, originando-se do ou nervo vestíbulo-coclear, que viaja do cérebro ao ouvido;
- Os gliomas são o tipo mais prevalente de tumor cerebral em adultos, respondendo por 78% dos tumores cerebrais malignos. Eles surgem das células de suporte do cérebro, chamadas de glia.
Sintomas:
Os sintomas variam dependendo da localização do tumor cerebral. Dentre os sintomas mais frequentes, podemos citar:
- Dores de cabeça que podem acordar o paciente à noite;
- Convulsões;
- Mudanças de personalidade;
- Fraqueza ou paralisia em uma parte ou um lado do corpo;
- Perda de equilíbrio ou tontura;
- Alteração da visão;
- Perda da audição;
- Náusea ou vômito, dificuldade para engolir;
- Confusão e desorientação.
Diagnóstico:
Se dá através da avaliação clínica do neurocirurgião especialista, associado aos exames de imagem como tomografia computadorizada e ressonância magnética do crânio.
Cirurgia:
O desafio do neurocirurgião é remover o máximo de tumor possível, sem lesar o tecido cerebral adjacente que desempenha uma importante função neurológica para o paciente (como a capacidade de falar, andar, etc.).
O neurocirurgião oncológico dispõe atualmente de técnicas modernas e equipamentos avançados para oferecer um tratamento seguro e efetivo para os pacientes como tumores cerebrais.
Entre esses avanços, podemos citar os dispositivos de neuronavegação (auxiliam na orientação do cirurgião no intra-operatório), a monitorização neurofisiológica (monitorização dos nervos e funções neurológicas durante a cirurgia) e o mapeamento intra operatório da linguagem (cirurgia com paciente acordado).